quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Noite tenebrosa

À luz da noite tenebrosa
eu relembro os horrores do passado,
e as visões daqueles pesadelos terríveis
misturam-se aos delírios do álcool
e aos vultos da visão tão embaçada.


Corro para a floresta
e perdo-me,
então caminho sem saber para onde
e chego até este local
acho que nos arredores.

A luz da lua
ofusca minha visão já tão embaçada!
ajoelho e tateio aqueles objetos
que não consigo reconhecer
e percebo que são lápides,

levanto rápido
e ouço barulhos,
vejo vultos,
tenho alucinações,

minha cabeça está pesada,
ando rápido
mas topo com uma lápide
o que me faz cair,

com medo e dor
eu levanto e resfolego,
passo a mão na testa
e sinto o sangue e isto me apavora,

o pânico vem,
eu grito, grito,
e escuto o vento forte
perto de mim,

vejo os fantasmas  da floresta
então desmaio
demasiado assustado
para uma noite.

Acordo em meio
ao cemitério da aldeia
da Romênia, com
dor de cabeça,

sem lembranças dessa noite
a não ser a dos vultos
e a do forte som dos ventos arrepiantes.

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